Trabalho em uma gráfica e vendemos nossas aparas para a reciclagem. A recicladora diz que o papel couché tem valor menor. Esta informação está correta?
Alexandre Oliveira
Está correta Alexandre.
E isto se deve ao revestimento que deixa o papel couché com aquele bom acabamento característico.
O Amauri da Aparas Carvalho (www.aparascarvalho.com.br) comenta que o problema é a perda que se tem durante o procedimento. “O papel couché é um papel mais denso “pesado” e isto por conta da grande CARGA MINERAL que este produto recebe na sua fabricação, com o objetivo de ser um papel mais nobre, por isso é até um papel mais caro como produto final (para os gráficos), mas quando vira sucata, ele é comprado por um preço mais baixo, pois aquela carga mineral (que faz “pesar” mais as aparas) será PERDIDA na reciclagem.
O Mauricio da Piazzetta Com. de Aparas de Papel (www.piazzetta.com.br) completa:
“Um teste que pode ser feito é pegar um pedaço de papel couché e de sulfite e misturar com água separadamente em um liquidificador caseiro para constatar que a massa do couché fica meio “podre”, ocasionando grande perda nas fibras do papel.
Segue uma lista de tipos de aparas classificados pelos recicladores, retirado do site Curupira – www.curupira.org.br
DEFINIÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DE PAPÉIS USADOS E APARAS
BRANCO I
Aparas, mantas e restos de bobinas de papéis brancos, sem impressão de espécie alguma, sem revestimento (“coating”). Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 0%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pré-consumo.
BRANCO II
Formulários contínuos de papel branco, usados, sem papel carbono entre folhas e sem revestimento carbonado. Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 2%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pós-consumo.
BRANCO III
Aparas, mantas e restos de bobinas de papel imprensa e jornal, sem impressão de espécie alguma. Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 0%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pré-consumo.
BRANCO IV
Papéis brancos usados de escritório, manuscritos, impressos ou datilografados, cadernos usados sem capas, livros sem capa e impressos em preto. Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 5%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pós-consumo.
BRANCO V
Aparas de papéis brancos, mantas e restos de bobinas, com percentagem mínima de impressão ou com revestimento (“coating”). Teor máximo de umidade: 12%. Teor máximo de impurezas: 25%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pré-consumo.
BRANCO VI
Igual ao BRANCO IV, podendo porém conter papéis coloridos na massa. Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 5%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pós-consumo.
KRAFT I
Aparas de papel kraft natural resultantes da fabricação de sacos multifolhados, sacos de papel kraft refugados por defeitos de fabricação ou não utilizados. Teor máximo de umidade: 10%. Teor máximo de impurezas: 1%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pré-consumo.
KRAFT II
Sacos mutifolhados usados de papel tipo kraft, com fibras e cores diversas. Sem escolha ou seleção. Teor máximo de umidade: 15%. Teor máximo de impurezas: 5%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pós-consumo.
KRAFT III
Sacos mutifolhados usados, de papel kraft natural, principalmente de cimento, misturados, sem batimento, escolha ou seleção. Teor máximo de umidade: 15%. Teor máximo de impurezas: 17%. Teor máximo de materiais proibitivos: 3%. Pós-consumo.
CARTÕES DE PASTA MECÂNICA (APARAS PARANÁ)
Aparas de artefatos usados de cartão produzidos integralmente de pasta mecânica. Teor máximo de umidade: 12%. Teor máximo de impurezas: 0%. Teor máximo de materiais proibitivos: 0%. Pré-consumo.
JORNAIS I
Jornais velhos. Teor
Ano da Publicação: | 2005 |
Fonte: | www.setorreciclagem.com.br |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |