O plasma é uma forma especial de matéria, cujo comportamento físico é diferente dos outros três estados tradicionalmente conhecidos: sólido, líquido e gasoso. Quando aquecemos um material na forma sólida, uma transição para o estado líquido ocorrerá a uma temperatura particular. Da mesma forma, se aquecermos mais este líquido, ocorrerá formação da fase gasosa. Se aquecermos mais ainda este gás, teremos o estado plasma. Num meio como este qualquer corpo inserido sofrerá as mais diversas interações com estas espécies como colisões, reações químicas, desgaste químico, etc. Essa variedade de efeitos possíveis é o motivo da grande versatilidade de técnicas que fazem uso do plasma como fonte energética. De acordo com as condições de geração, o plasma atinge temperaturas extremamente elevadas que podem variar de 5.000-50.000 ºC.
A aplicação do plasma, praticamente iniciada na década de 1960, tem uma abrangência enorme com um caráter multidisciplinar, a saber: fabricação de circuitos integrados, tratamentos de efluentes e fibras têxteis, eliminação de lixos hospitalares e outros passivos ambientais perigosos, tratamentos de superfícies, fabricação de filmes de grau eletrônico, redução mineral e soldagem.
Objetivando a questão ambiental, o destaque no processo a plasma em relação ao lixo de uma forma geral, é que não há combustão convencional como ocorre na incineração, ou seja, não há queima dos componentes do resíduo; o que ocorre é uma dissociação molecular em componentes atômicos elementares, não gerando compostos perigosos provenientes da combustão como dioxinas, furanos e outros. Comparando-se com outras tecnologias, as grandes vantagens estão na existência de uma fonte de energia limpa, custo competitivo, grande eficiência energética e redução de volume dos materiais tratados.
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