Plástico rígido – O mercado para reciclagem

O principal mercado consumidor de plástico reciclado na forma de grânulos são as indústrias de artefatos plásticos, que utilizam o material na produção de baldes, cabides, garrafas de água sanitária, conduítes e acessórios para automóveis, para citar alguns exemplos. Mas os avanços técnicos da identificação e separação das diversas resinas, bem como equipamentos e tecnologias mais modernas de reprocessamento, vêm abrindo novos mercados para a reciclagem do plástico.



Atualmente são recicladas cerca de 13 mil toneladas de plásticos por mês, em toda Grande São Paulo. Os plásticos pós-consumo são responsáveis por 49% do total reciclado pelos 180 recicladores da Grande São Paulo que reciclam 16% do total produzido. No Rio de Janeiro são reciclados 18,6% do total.



As resinas plásticas em 2002 foram destinadas para: embalagens (39,73%), construção civil (13,67%), descartáveis (11,55%), componentes técnicos (8,04%), agrícola (7,67%), utilidades domésticas (4,72%), outros (14,62%).



Quanto é reciclado?



17,5% dos plásticos rígidos e filme consumidos no Brasil retornam à produção como matéria-prima, o que equivale a cerca de 200 mil toneladas por ano.Deste total, 60% provêm de resíduos industriais e 40% do lixo urbano, segundo estimativa da ABREMPLAST (Associação Brasileira de Recicladores de Materiais Plásticos).



Conhecendo o material



Leve, resistente e prático, o plástico rígido é o material que compõe cerca de 77% das embalagens plásticas no Brasil, como garrafas de refrigerantes, recipientes para produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos. É também matéria-prima básica de bombonas, fibras têxteis, tubos e conexões, calçados, eletrodomésticos, além de baldes, utensílios domésticos e outros produtos. O Brasil consome 3,9 milhões de toneladas de plástico por ano. Dessas, aproximadamente 40% é com vida útil curta. O plástico pode ser reprocessado, gerando novos artefatos plásticos e energia.



Qual o peso desses resíduos no lixo?



O peso varia muito conforme a cidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, o plástico em geral corresponde à faixa de 5% a 7% do lixo. Em Curitiba a fatia é de 6%.



Sua história



Em 1862, o inglês Alexander Parkes produziu o primeiro plástico. Durável e leve, o material tornou-se um dos maiores fenômenos da era industrial. No entanto, como em princípio, não é biodegradável, o plástico passou a sofrer críticas de setores ambientalistas mais radicais. A reciclagem, que começou a ser feita pelas próprias indústrias para reaproveitamento de suas perdas de produção, tem contribuído para reduzir o impacto dos aterros de lixo. Além da questão ambiental, em termos econômicos o desperdício não se justifica: usando plástico reciclado, é possível economizar até 50% de energia.



E as limitações?



Diversidade de Resinas Plásticas



Existem sete diferentes famílias de plásticos, que muitas vezes não são compatíveis quimicamente entre si. Ou seja, a mistura de alguns tipos pode resultar em materiais defeituosos, de baixa qualidade, sem as especificações técnicas necessárias para retornar à produção como matéria-prima. São os seguintes os plásticos rígidos mais comuns no mercado brasileiro:



a) polietileno tereftalato (PET), usado em garrafas de refrigerantes.



b) polietileno de alta densidade (PEAD), consumido por fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e outros produtos.



c) cloreto de polivinila (PVC), comum em tubos e conexões e garrafas para água mineral e detergentes líquidos.



d) polipropileno (PP), que compõe embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, utilidades domésticas, entre outros.



e) poliestireno (PS), utilizado na fabricação de eletrodomésticos e copos descartáveis. O Cempre dispõe de publicações que facilitam a identificação de cada uma dessas resinas.



Rígidas Especificações do Material



Os vários tipos de po

Ano da Publicação: 2004
Fonte: CEMPRE
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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