Pneus no carro e também no asfalto, no sapato.

Desde 1999 a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) coleta e destina à reciclagem os chamados itens inservíveis, que não podem mais ser utilizados.Já foram retiradas 700 mil toneladas, o que equivale à 139 milhões de pneus de automóveis de passeio.



O pneu sem uso é um grande gerador de entulho, além de ser um bom local para a prololiferação dos mosquitos da dengue, um problema que atinge o país, principalmente nesta época do ano.



Durante as obras de rebaixamento da calha do Rio Tietê, foram retirados do 90 mil pneus das águas. Depois de coletados, são retirados os aros de metal (que também pode ser reciclado para o setor siderúrgico) e a borracha é triturada.



O poder calorífico do pneu reciclado é semelhante do petróleo e maior do que o do carvão, portanto pode ser ulitizado em larga escala como fonte de energia. Este é o destino de 69% do material recolhido e geralmente é opção à substituição do combustível fóssil em fornos de cimenteiras.



Os pneus reciclados também podem ser usados para fabricar asfalto de melhor qualidade. O asfalto de borracha adquire uma memória elástica que dilata e contrai enquanto os veículos circulam sobre ele, assim se adaptando melhor às variações de temperatura.



Para cobrir um quilômetro de rodovia são necessários 4,6 mil pneus de passeio. Apesar de o preço ser quase 30% maior, o investimento vale pela preservação das estradas e do próprio meio ambiente.



E até nos sapatos os pneus foram parar. A empresa Goóc, do vietnamita Thai Quang Nghia, é uma das pioneiras do segmento no nosso país. Resgatado em alto mar por um navio da Petrobrás em 1979, Thai se refugiou do Vietnã comunista no Brasil e acabou virando um grande empresário no mundo dos negócios ecologicamente corretos.



Outros destinos são os artefatos de borracha (24% do total), como tapetes para carros, pisos industriais, quadras poliesportivas, rodas para carrinhos de supermercados, artigos para jardinagem. Existe ainda o uso em laminação (7%), na produção de percintas (indústria de móveis) e dutos de águas pluviais.



Autora: Luana Guimarães dos Reis

Ano da Publicação: 2007
Fonte: http://recicla.wordpress.com/2007/11/08/pneu-velho-so-serve-para-fazer-balanco-de-pracinha-e-ser-abrigo-de-mosquito-da-dengue-nao-mesmo/
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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