Três licenciados de Vila Real revelaram que querem produzir geobetão – um cimento inovador, mais ambiental e resistente – a partir da reciclagem de resíduos de construções e demolição na região Norte. A ideia da primeira empresa da Região Norte de reciclagem de inertes partiu de Luís Reis, Sofia Neto e Patrique Alves, recém-licenciados em Engenharia Ambiental pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Margarida Correia Marques, coordenadora da campanha de sensibilização e educação ambiental “Douro Limpo”, que está a ser promovida na região Património Mundial da Unesco, tem alertado para a falta de soluções para a deposição de resíduos de construções e demolições.
São várias as zonas de despejo que se encontram pelas bermas das estradas e montes, um pouco por toda a região transmontana e duriense, onde, para além dos entulhos resultantes construções e demolições, há ainda os designados “monstros domésticos”, designadamente frigoríficos, fogões e mobiliário. Luís Reis disse que, através do programa FINICIA do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), conseguiram um financiamento de 3.000 euros para a elaboração de plano de negócios que deverá estar concluído até ao final do ano. Se tudo correr bem, o responsável admite que a empresa poderá “abrir as portas no decorrer do próximo ano” com um “investimento mínimo previsto de 500 mil euros”. Os jovens contam, também, com o apoio do Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial da UTAD. Luís Reis explicou que pretendem receber resíduos de construções e demolições, que, depois de sujeitos a uma triagem, serão reciclados e transformados em areias.
Fonte: O Primeiro de Janeiro – Portugal
Ano da Publicação: | 2007 |
Fonte: | http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00710/0071005cimento.htm |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |