Programa Brasileiro de Reciclagem

Introdução



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A reciclagem se compõe de uma atividade industrial que processa uma matéria-prima transformando-a em outra matéria-prima com maior valor agregado e posteriormente num novo produto.

A reciclagem vista de maneira mais ampla é a criação de valor econômico, emprego e renda a partir da recuperação de produtos já utilizados. Esta atividade envolve de maneira indissociável fatores sociais, econômicos e ambientais.



O Programa Brasileiro de Reciclagem tem por objetivo estimular a reciclagem de embalagens e criar mecanismos para que ela se torne mais abrangente e efetiva, aumentando os elevados índices já computados no Brasil:



Índices de reciclagem dos diferentes materiais de embalagem:





Alumínio 87%

Aço 42%

Longa Vida 20%

Papelcartão 39%

Papelão Ondulado 74%

PET 40%

Plásticos em geral 21%

Vidro 39%







A reciclagem e suas dimensões atuais



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O que o Brasil tem a ganhar com a reciclagem? Por que o governo deve criar o PBR?



O governo deve encabeçar a criação do Programa Brasileiro da Reciclagem, a exemplo do que já fez em outras áreas, pois tem o poder articulador de estimular o envolvimento dos três agentes responsáveis pela promoção da reciclagem: o Poder Público, a Sociedade e o Setor Produtivo, criando mecanismos para que esta atividade possa ampliar os benefícios que vêm proporcionando de geração de renda, emprego e valor econômico para o país.



A reciclagem já acontece de maneira crescente no Brasil por meio de iniciativas isoladas e pontuais e a sua articulação integrada agregará ganhos de escala e eficiência operacional.



Hoje contamos no Brasil com um parque industrial já instalado e operante capaz de reciclar os diferentes materiais de embalagem disponíveis no mercado. Este parque industrial constitui-se, em alguns casos, da própria indústria de embalagens, mas em geral trata-se de um novo segmento industrial que processa esta matéria-prima e a vende para diversos setores como indústria automobilística, têxtil, construção civil, utensílios de plástico e até mesmo embalagem, respeitando-se os regulamentos da ANVISA pertinentes ao acondicionamento de alimentos.



Como os demais segmentos da indústria, a Indústria Recicladora necessita ter a sua eficiência operacional e econômica para se manter ativa e crescente, ganhando economia de escala.



O Brasil é considerado referência para o mundo por meio de seu modelo de reaproveitamento de materiais que nasceu naturalmente do valor econômico destes, gerando simultaneamente ganhos sociais e ambientais, atendendo assim ao estudo internacional compilado no Relatório Nosso Futuro Comum (Eco 92), que evidencia os fatores econômicos, sociais e ambientais como indissoluvelmente ligados.



Ao mesmo tempo, segundo a ISO 14062 referente ao Ecodesign – projeto de desenvolvimento de produto que leve em consideração a sustentabilidade e minimização dos impactos ambientais, deve-se olhar o meio ambiente como um todo e não deixar que uma ação específica em prol deste cause outros danos paralelos, ou seja, necessita-se buscar soluções globais que maximizem as funções e resultados dos produtos e serviços já existentes, e não a criação de sistemas paralelos.





Desta forma conclui-se que as estruturas já existentes precisam ser valorizadas e maximizadas em seu potencial, buscando ganhos abrangentes para o meio ambiente.



Contamos em nosso país, segundo estipulado pela Constituição Federal, com serviços de saneamento básico e de coleta de resíduos urbanos disponibilizados pelo poder público. Paralelamente, programas de entrega voluntária de recicláveis organizados pela sociedade civil, contemplando a realidade social bra

Ano da Publicação: 2004
Fonte: ABRE
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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