Projeto inovador no Rio de Janeiro combate efeito estufa

O Projeto Nova Gerar, no município de Nova Iguaçu – RJ é uma das experiências mais bem-sucedidas no manejo de detritos sólidos, com geração de energia e cuidado com o meio ambiente no País. O empreendimento é o primeiro na área de resíduos sólidos no Brasil a contar com o apoio do Banco Mundial.



O projeto, implementado pela empresa S.A. Paulista em parceria com o município de Nova Iguaçu, substituiu o antigo Lixão da Marambaia por um aterro sanitário inteiramente controlado, dentro dos preceitos da Agenda 21.



Apoio do Banco Mundial



Pelo projeto, o Banco Mundial compromete-se a pagar pela redução certificada nas emissões de gás metano do lixão e aterro sanitário de Nova Iguaçu, usando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, criado na Convenção de Kyoto sobre Agenda 21 e meio ambiente. Por meio de um fundo do governo da Holanda, todas as reduções na emissão de gás metano certificadas independentemente até o ano 2012, serão adquiridas a preço de mercado internacional.



Benefícios ambientais



Para o Banco Mundial, este projeto representa um exemplo internacional de boas práticas ambientais, sociais e no engajamento de parcerias público-privadas. O meio ambiente será beneficiado tanto globalmente quanto localmente. A diminuição em mais de 100 mil toneladas na emissão de gás metano até 2012 ajudará a reduzir a concentração de um potente promotor do efeito estufa. Ao mesmo tempo, a desativação e gerenciamento do antigo lixão, e a construção do novo aterro sanitário para receber e armazenar corretamente as mais de mil toneladas de resíduos sólidos diários geradas pelo município, reduzirão significativamente os impactos ambientais locais.



Parcerias público-privadas



O projeto é também um exemplo de parceria público-privada bem-sucedida. Além da S.A. Paulista, Município de Nova Iguaçu e Banco Mundial, o projeto também conta com a participação do Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Feema, Emlurb, e Ministério Público. Pela concessão, o município receberá 10% das receitas geradas pelo aterro com a venda de certificados de redução de emissões e outras atividades geradoras de renda. O gás não-emitido será usado para a geração de 20 MW/h de energia elétrica limpa, 10% dos quais beneficiarão diretamente a comunidade de Nova Iguaçu, reduzindo a gasto público.



Resultados sociais



Por fim, o projeto também gera importantes resultados sociais diretos. As modificações no lixão e o novo aterro deram emprego para 80 empregos formais, destinados às pessoas que anteriormente trabalhavam como catadores de lixo, dando-lhes renda fixa e melhores condições de trabalho.



Segundo Werner Kornexl, economista ambiental do Banco Mundial, “a experiência do projeto, um dos maiores no mundo nessa área, tem um alto potencial de replicabilidade no Brasil e no mundo, o que pode multiplicar seus resultados, ajudando a transformar lixões em aterros bem gerenciados e geradores de benefícios sociais e econômicos para as suas comunidades”

Ano da Publicação: 2004
Fonte: Grupo Banco Mundial
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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