Este texto discute questões que levam ao reducionismo da educação ambiental (EA) a atividades pontuais, usualmente ligadas a prática da reciclagem. É corrente dizer-se que o mundo está passando por um momento de crise ambiental onde os humanos aparecem como responsáveis pela destruição do meio, principalmente pelo acúmulo de lixo. Questionamentos são levantados acerca das relações de poder exercidas numa sociedade neoliberal que incentiva o consumismo, este conseqüentemente gerando mais lixo. O texto problematiza o consumismo e as questões que perpassam a problemática da naturalização dos humanos como destruidores, suscitando a interrogação do quanto estes também podem ser vítimas do processo de descarte. Apresentam-se resultados de uma pesquisa que teve como intuito analisar como professoras e professores vêem a EA dentro da escola, que conhecimentos têm sobre o assunto, que atividades já desenvolveram. É analisada também, quais as contribuições que os livros didáticos trazem para essa temática, já que desde a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais esta se torna um tema transversal obrigatório. Destaca-se relevância a escola como espaço propício a resistências e a formações de agentes multiplicadores que podem atuar na melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.