Reciclagem de PET

Os municípios devem coletar 100% do lixo urbano e organizar esquemas de coleta seletiva. 30% dos mais de 5 mil municípios brasileiros não contam com nenhum tipo de coleta e apenas cerca de 200 possuem um sistema de coleta seletiva. Esse sistema proporciona material mais limpo, livre de contaminações. Consequentemente, a sucata assim coletada tem maior valor. Outro benefício desse sistema de coleta é tirar os trabalhadores dos lixões, trazendo-os para cooperativas organizadas. As indústrias devem investir em informação e tecnologia. Levar ao grande público o conhecimento sobre a reciclabilidade dos materiais, instruindo sobre como proceder para o correto descarte das embalagens. Desenvolver as tecnologias que permitam materiais mais fáceis de reciclar, inofensivos e inertes, para proteção do meio ambiente. Desenvolver os mercados para os produtos reciclados.

A população deve descartar corretamente seus materiais recicláveis. Descartar corretamente significa depositar as embalagens usadas em contêineres adequados ou doa-las para catadores e/ou entidades que as aceitem em doação.O cidadão comum tem o dever de começar, em sua casa, o trabalho de separar o lixo dos materiais recicláveis. Isso porque cada um de nós tem o trabalho de ir aos mercados para adquirir estes produtos. Cabe a nós, portanto, o primeiro passo para fazer com que os materiais sigam seu caminho de retorno para a indústria recicladora.





Como acontece a reciclagem do PET.



O PET pode ser reciclado de três maneiras diferentes:







1 – Reciclagem química. Utilizada também para outros plásticos, separa os componentes do PET, fornecendo matéria-prima para solventes e resinas, entre outros produtos.

2 – Reciclagem energética. O calor gerado com a queima do produto pode ser aproveitado na geração de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de caldeiras e altos-fornos. O PET tem alto poder calorífico e não exala substâncias tóxicas quando queimado. Outros materiais combustíveis também podem ser utilizados.





3 – Reciclagem mecânica. Praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa pelo processo mecânico, que pode ser dividido em:



RECUPERAÇÃO: Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comum ganham o status de matéria-prima, o que, de fato, são. As embalagens recuperadas serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor, facilitando, assim sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado. Como já sabemos, o PET é muito leve.

REVALORIZAÇÃO: As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado. O produto que resulta desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras diferentes e, os flocos mais refinados, podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a fabricação dos diversos produtos que o PET reciclado dá origem na etapa de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda mais o produto, produzindo os grãos de PET reciclado. Desta forma o produto fica muito mais condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação.



TRANSFORMAÇÃO: Fase em que os flocos, ou o granulado será transformado num novo produto, fechando o ciclo. Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricação de diversos produtos, inclusive novas garrafas para produtos não alimentícios. Veja no quadro abaixo a distribuição dos mercados para o PET reciclado.

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Ano da Publicação: 2004
Fonte: ABIPET
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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