Reciclagem de Plástico

Introdução:

Quando se fala em plástico é difícil não pensar, em um primeiro momento, em uma sacola ou copo descartável, produzidos a partir do material. Esta associação imediata é compreensível. Afinal, o setor de embalagens é responsável, atualmente, por mais de um terço do total de resinas transformadas no Brasil. Mas a aplicação do plástico não se resume a isso. Embora seja um produto popular, o plástico não pode ter sua imagem vinculada à materiais de pouco valor. Pelo contrário, o plástico representa um material moderno, capaz de servir inclusive como indicador de desenvolvimento de um país. Setores como os de utilidades domésticas, construção civil, brinquedos, calçados, além daqueles que empregam tecnologias mais sofisticadas, como os de saúde, eletroeletrônicos, aviação e automóveis, entre outros, vêm ampliando, a cada ano, a utilização da matéria-prima em seus produtos.



A diversidade de segmentos onde o plástico está presente aponta uma tendência de crescimento, principalmente naqueles que estão em franca expansão, como o de telecomunicações. Apesar da acentuada diferença, o atual índice brasileiro demonstra o potencial de crescimento do plástico no País, se comparado com o ano de 92, quando a média ficou em torno de 8,8 kg.



Divisão dos Plásticos:

Os plásticos são divididos em duas categorias importantes: termofixos e termoplásticos.



Os termofixos, que representam cerca de 20% do total consumido no país, são plásticos que , uma vez moldados por um dos processos usuais de transformação, não podem mais sofrer mais novos ciclos de processamento pois não fundem novamente, o que impede nova moldagem.



Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser reprocessados várias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. Como exemplos, podem ser citados: polietileno de baixa densidade (PEBD); Polietileno de alta densidade (PEAD); poli(cloreto de vinila) (PVC); poliestireno (PS); polipropileno (PP); poli(tereftalato de etileno) (PET); poliamidas (náilon) e muitos outros.



Identificação dos Tipos de Plásticos:

Essa metodologia é baseada em algumas características físicas e de degradação térmica dos plásticos.





Polietilenos de baixa e de alta densidade:



Baixa densidade (flutuam na água);



Amolecem à baixa temperaturxa (PEBD = 85°C; PEAD = 120°C)



Queimam como vela, liberando cheiro de parafina;



Superfície lisa e "cerosa".



Polipropileno:



Baixa densidade (flutuam na água);



Amolece à baixa temperatura (150°C);



Queima como vela, liberando cheiro de parafina;



Filmes, quando apertados nas mãos, fazem barulho semelhante ao celofane.



Poli(cloreto de vinila):



Alta densidade (afunda na água);



Amolece à baixa temperatura (80°C);



Queima com grande dificuldade, liberando um cheiro acre de cloro;



É solubilizado com solventes (cetonas).



Poliestireno:



Alta densidade (afunda na água);



Quebradiço;



Amolece à baixa temperatura (80 a 100°C);



Queima relativamente fácil, liberando fumaça preta com cheiro de "estireno";



É afetado por muitos solventes.



Poli(tereftalato de etileno):



Alta densidade (afunda na água);



Muito resistente;



Amolece à baixa temperatura (80°C);



Utilizado no Brasil em embalagens de refrigerantes gasosos, óleos vegetais, água mineral, etc.



Reciclagem primária ou pré-consumo:

É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com caraterísticas de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens. A reciclagem pré-consumo é feita com os materiais termoplásticos provenientes de resídu

Ano da Publicação: 2004
Fonte: SEBRAE - SP
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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