No Nordeste brasileiro, a ovinocultura é uma atividade com grande importância socioeconômica. Nos últimos anos, a crescente demanda tem estimulado produtores e agroindustriais a investirem nos diferentes segmentos da cadeia produtiva. Contudo, a qualidade e a quantidade da matéria-prima em oferta ainda estão muito aquém das sinalizações do mercado, uma vez que não existem regularidades na oferta e os animais são abatidos em idades bem acima do desejável. Com a demanda reprimida, principalmente nas regiões metropolitanas, grande parte do mercado é abastecida com carne ovina importada de outras regiões do país e de nações integrantes do Mercosul, como Uruguai e Argentina. O manejo alimentar inadequado é o fator que mais contribui para o baixo desempenho animal. Por outro lado, as crescentes demandas por carne ovina têm levado o produtor nordestino a melhorar o manejo alimentar, com o objetivo de atender aos padrões exigidos pelo mercado. Entretanto, o processo produtivo depara-se com elevados custos na alimentação quando são utilizados concentrados provenientes de outras regiões, como milho e farelo de soja. Uma solução viável é aproveitar resíduos de boa qualidade e baixo custo das agroindústrias frutíferas, instaladas na Região Nordeste. A redução dos custos de produção irá tornar o produto competitivo e, a médio e longo prazos, conquistar mercados externos.
Ano da Publicação: | 2004 |
Fonte: | Revista Biotecnologia / IBAMA |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
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