Resíduos de madeira também geram renda

Na natureza, nada se cria, tudo se transforma. Essa máxima foi demonstrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) durante a última Feira Internacional da Amazônia (Fiam), onde o instituto apresentou seu projeto de criação de tecnologias para o aproveitamento de madeiras oriundas de resíduos de serrarias e de projetos de manejo florestal.

Com a tecnologia do Inpa, resíduos de serraria, por exemplo, vêm se transformando em instrumentos musicais, além de trabalhos de arte de marchetaria, que é a colagem de diferentes tipos de madeira. A técnica da marchetaria já é usada no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, onde também os índios Yawanawá vêm fazendo belos móveis e peças de decoração das madeiras que caem dentro dos rios durante o inverno amazônico.

A pesquisadora Claudete Catanhede, do Inpa, estudou técnicas de marchetaria para a fabricação de produtos que revelam a identidade amazônica e trazem desenvolvimento para a região. Segundo a pesquisadora, a proposta beneficia a empresa que produz os artefatos, gera empregos na região, e cria oportunidades de negócios.

Para idealizar o projeto, Claudete estudou a industrialização de árvores pouco conhecidas na Amazônia e realizou pesquisa tecnológica sobre a qualidade das espécies. Segundo a pesquisadora, muitas pessoas pensam que só espécies como o cedro e mogno podem ser utilizadas, o que aumenta muito a demanda por essas madeiras e elas acabam desaparecendo.

O projeto de criação de instrumentos musicais a partir de madeiras amazônicas, que foi apresentado durante a IV Feira Internacional da Amazônia tem contado com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Fonte: kaxiana – Agência de Notícias da Amazônia

Ano da Publicação: 2009
Fonte: http://www.cgimoveis.com.br/tecnologia/residuos-de-madeira-tambem-geram-renda
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

Check Also

Prazo para fim de lixões acaba, mas 1.593 cidades ainda usam modelo

Terminou na 6ª feira (2.ago.2024) o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico (lei …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *