SEQUESTRO DE CARBONO

O seqüestro de carbono faz parte do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) proposto na Convenção de Clima, aprovada na RIO 92 e ratificada por centenas de países, em Kioto (1997), onde ficou definido o compromisso de redução de 5,2% (média) das emissões, a ser efetivado entre 2008 a 2012.



O seqüestro de carbono consiste na captura e fixação do gás carbônico (CO²) pelas plantas, que associado com outros elementos, resulta em substâncias complexas, dentre as quais a própria madeira.



Normalmente, as florestas maduras vivem em equilíbrio, absorvendo gás carbônico e emitindo oxigênio por meio da fotossíntese, já as florestas em crescimento, aumentam a massa incorporando mais gás carbônico, que é transformado em celulose.



Mas o seqüestro de carbono também possui pontos fracos. Novas florestas servem como sumidouros naturais de gás carbônico, porém, o processo pode ser temporário, pois se essas florestas forem derrubadas e transformadas em matéria prima, um dia a madeira apodrecerá ou será queimada quando usada como combustível, e então o gás carbônico é novamente liberado para atmosfera.



Em um estudo feito na Inglaterra pelo renomado Hadley Center, o mesmo adverte para o fato de que o simples plantio de florestas pode não levar a um balanço positivo no sequestro de carbono da atmosfera, se houver alterações no clima da região do plantio (por causa de desmatamento, mudanças no uso da terra, etc.), o sequestro do carbono pode não ocorrer ou ser inferior ao nível liberado. Também não serão alcançados os resultados esperados, se decidir-se plantar florestas em lugares inadequados para elas, em termos de clima ou bioma, por exemplo, araucárias na Amazônia.



O aumento do “efeito estufa”, tornou urgente todos os programas e propostas, destinados a seqüestrar carbono da atmosfera. A necessidade de reflorestamento com este objetivo não tem limites quantitativos. A obrigatoriedade da reposição florestal, atualmente recai sobre as atividades que consumem, exploram, utilizam e transformem matéria-prima florestal, e que emitem de CO² (Gás carbônico) através de seu processo produtivo.



A redução da emissão de poluentes pelas indústrias gera um custo muito alto em equipamentos e tecnologias. Valores que nem sempre a indústria pode pagar. Para compensar os altos custos da redução das emissões, por empresas poluentes, para que não tenham seus projetos industriais potencialmente inibidos, seriam regulamentados projetos de preservação ou recuperação da vegetação do planeta. Assim, seriam necessários programas de reflorestamento, preservando ou restaurando a vegetação, compensando com a apreensão do gás carbônico as emissões poluentes das empresas participantes.



Autoria: Olimpio Araujo Junior

Ano da Publicação: 2004
Fonte: Ambiente Total
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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