Sistema de apoio à decisão: avaliação de cenários de gestão integrada de resíduos sólidos urbanos domiciliares.

A quantidade de resíduos gerada pela atividade humana aliada a diminuição de locaisadequados para a disposição final têm se apresentado como um dos grandes desafios aserem enfrentados não só pelas administrações municipais como também por toda acomunidade geradora de resíduos. Atualmente a gestão dos resíduos sólidosdomiciliares é tratada segundo o modelo reducionista de Descartes e Newton,caracterizada pela separação e análise de partes do sistema, resultando em tomadas dedecisão isoladas e pontuais. Aspectos, como a carência de capacitação técnica e derecursos financeiros, contribuem para a continuidade deste cenário. Ciente destaproblemática e incorporando alguns princípios do pensamento sistêmico, este trabalhotem como objetivo desenvolver um sistema de apoio à decisão na perspectiva deauxiliar os gestores na avaliação de cenários de gestão integrada de resíduos sólidosdomiciliares. O método consistiu, primeiramente, em definir e delimitar o campo detrabalho do sistema de apoio à decisão seguindo-se para a construção do modeloconceitual com base no conhecimento adquirido na literatura pertinente, para depoistraduzi-lo em telas de ação e fluxogramas de decisão, atividade imprescindível para apróxima etapa. Terminado estes procedimentos iniciou-se a codificação do modelo emlinguagem de programação (Delphi 6.0). Esta etapa foi realizada aplicando ametodologia Extreme Programming (XP) em que o programador e o agente cognitivoatuam juntos na codificação do sistema. Por fim, a aplicação em São Carlos (SP)possibilitou verificar a validação do software SIMGERE em dois momentos – primeirocom relação à usabilidade do programa, ou seja, se o sistema é amigável e de fácilcompreensão para o usuário por se tratar de um ambiente novo para ele e, segundo comrelação à coerência dos resultados obtidos para a gestão dos resíduos sólidosdomiciliares do município. Concluiu-se que, para o caso de São Carlos (SP) a projeçãoda vida útil do aterro sanitário, estimada em aproximadamente mais 2 anos, foi coerentecom o esperado, porém a simulação econômica precisa ser revisada de forma a refletircorretamente o modelo de gestão atualmente empregado.

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