Tudo sobre o lixo – rota do lixo

Segundo pesquisa do IBGE, em 64% dos municípios brasileiros o lixo é depositado de forma inadequada, em locais sem nenhum controle ambiental ou sanitário. São os chamados lixões ou vazadouros, terrenos onde se concentram enormes montanhas de lixo a céu aberto, sem qualquer critério técnico ou tratamento prévio do solo, com a simples descarga do lixo sobre o mesmo. Degradar a paisagem e produzir mau cheiro são apenas os aspectos mais visíveis dos lixões, que são profundamente nocivos ao meio ambiente e à saúde pública.

A degradação de resíduos sólidos, combinada à ação das águas das chuvas nestes lixões, gera um líquido de coloração escura, com odor desagradável, altamente tóxico, que pode se infiltrar no solo e contaminar, inclusive, as águas subterrâneas e superficiais. O líquido percolato, também conhecido como lixiviado ou chorume, pode ser um manancial de contaminação até 200 vezes superior ao esgoto doméstico.

Além da formação do chorume, os resíduos sólidos, ao serem decompostos, geram gases, sobretudo o metano (CH4), que é tóxico e altamente inflamável, e o dióxido de carbono (CO2) que, juntamente com outros gases de efeito estufa, contribui para o aquecimento global da Terra.

Apesar de assustadoras estatísticas – que deflagram a inadequação do lixo depositado ou a coleta deficitária -, existe uma técnica ambientalmente segura para a linha de chegada do lixo, denominada aterro sanitário. Criada em 1930, entende-se a técnica como a disposição final de resíduos sólidos no solo, fundamentada em princípios de engenharia e em normas operacionais específicas, que visam confinar o lixo no menor espaço e volume possível, isolando-o de modo seguro para não criar danos ambientais ou para a saúde pública. Os resíduos dispostos em aterros estão isolados do meio ambiente externo, por meio da impermeabilização do solo, da cobertura das camadas de lixo e da drenagem de gases.

Um caso nacional
No Brasil, 52% do lixo não recebe tratamento adequado. Segundo o IBGE, 30,5% do volume de lixo coletado em 2000 foi encaminhado para os lixões, e 22,3% para os aterros controlados, que são lixões encerrados, remediados, em que se constrói uma nova célula de aterro com características técnicas e operacionais de aterro sanitário. A estimativa oferece altos riscos de contaminação para o homem e para o meio ambiente.

Ano da Publicação: 2010
Fonte: http://www.meulixo.rj.gov.br/conteudo/rota.asp
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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