queimando madeira. A partir daquele instante a lenha passou a levar luz e calor para as mais desconfortáveis das cavernas. Aquela etapa foi decisiva na evolução da nossa espécie e na maneira de viver do homem, permitindo também o desenvolvimento das primeiras ferramentas, fundições primitivas e, infelizmente, armas.
Mesmo hoje, a madeira continua sendo a mais importante fonte de energia no mundo.
Ainda nas cavernas o homem percebeu que queimando o carvão residual das fogueiras ele obtinha mais calor e menos fumaça. O domínio da energia e o desenvolvimento de técnicas apropriadas, permitiram então a dominação do homem pelo homem e promovendo alterações significativas no seu ambiente natural.
Enquanto o consumo diário de energia do homem primitivo era de 2.000 kcal, o homem contemporâneo de paises desenvolvidos consome 300.000 kcal por dia. A demanda por energia cresceu de uma forma assustadora nos últimos séculos.
A fundição dos metais, a construção de máquinas, o desenvolvimento da agricultura, a construção de canais e modificação dos cursos dágua, a formação de agrupamentos urbanos e industriais, o acúmulo de resíduos e esgotos e o desflorestamento, mostram que o domínio da energia e da tecnologia distancia o homem da sua condição integrada a natureza para um modificador perspicaz do seu habitat.
Certamente, temos algo a resgatar do nosso desenvolvimento.
Fazendo a reengenharia do fogo ou, pelo menos, analisando o emprego energético dos nossos resíduos vegetais, talvez possamos corrigir algumas das trajetórias mal empreendidas pelos nossos antecessores.
Check Also
Prazo para fim de lixões acaba, mas 1.593 cidades ainda usam modelo
Terminou na 6ª feira (2.ago.2024) o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico (lei …