Ao longo do tempo, os resíduos sólidos urbanos vêm mudando suas características devido às inovações tecnológicas. Como exemplo, podemos citar as embalagens plásticas que, a partir de 1945, passaram a fazer parte dos utensílios na casa de todas as pessoas, independentemente da condição social. As “sacolinhas de supermercado” só foram introduzidas no nosso cotidiano a partir dos anos 80. Todavia, nos tempos atuais o uso excessivo do “plástico” tornou-se um problema ambiental. Podemos comparar essa situação com a dos Resíduo de Equipamento Elétrico Eletrônico (REEE). Esses bens de consumo fazem parte cada vez mais da nossa vida diária. Entretanto, a diminuição da vida útil desses equipamentos faz com que se tornem rapidamente obsoletos. Celulares, computadores, televisores e seus periféricos são comumente encontrados nos resíduos coletados. Atualmente o Brasil gera 678.960 to/ano de REEE. Esses resíduos são equipamentos elétricos e eletrônicos obsoletos e submetidos ao descarte, incluindo todos os componentes, subconjuntos e materiais consumíveis necessários ao seu funcionamento. Assim, fios, cabos, mouse, impressoras, celulares, baterias, teclados, estabilizadores, entre outros, são considerados REEEs. A política Nacional dos Resíduos Sólidos no seu art. 33 obriga o setor empresarial a implementar sistemas de logística reversa para os REEE incluindo celulares e baterias, desta forma, o consumidor deve entregar (independente do serviço público de limpeza urbana), seu celular após o uso nas lojas onde adquiriu o mesmo. Neste contexto, o presente trabalho objetivou diagnosticar os aspectos que podem exercer influência nas quantidades retornadas de aparelhos e baterias de celular aos canais de distribuição reversos na cidade de Campina Grande/PB. Avaliando-se, assim, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos celulares. Os sujeitos da pesquisa foram os possíveis participantes do canal reverso que deveriam propiciar o retorno dos aparelhos e baterias de celulares ao ciclo produtivo, a saber: alunos do CCT/UEPB e alunos de duas escolas públicas de Campina Grande. Logo, a pesquisa investigou operadoras de telefonia de celular, comerciantes do centro da cidade (ruas João Pessoa, Marques do Herval e Maciel Pinheiro), Shopping Popular Edson Diniz e consumidores, buscando dessa forma contribuir para uma melhor adequação dos canais de reversos de baterias e aparelhos celulares.