A ScienceDaily relata que, anualmente, mais de trinta bilhões de garrafas de água são lançadas em aterros norte-americanos, gerando um problema ambiental de proporções gigantescas. Mas se a pesquisa da Missouri University of Science e Technology (Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri) tiver sucesso, as garrafas plásticas do futuro poderão literalmente desaparecer quatro meses depois de serem descartadas.
A equipe de pesquisa de Missouri S&T está construído novas gerações de plásticos biodegradáveis e biodisponíveis em um esforço para reduzir as toneladas de lixo plástico que terminam nos aterros de seu país anualmente. Plásticos biodisponíveis contêm substâncias que podem ser absorvidas por sistemas vivos durante suas funções fisiológicas normais.
Através da combinação e modificação de vários polímeros de base biológica e de combustíveis fósseis e naturais, a equipe está buscando criar misturas ótimas que possam ser usadas para fazer películas, garrafas e dispositivos biomédicos e de injeção de drogas, dentre outros.
A equipe está trabalhando sob a direção do Dr. K. B. Lee, professor de engenharia química da Missouri S&T, para melhorar as propriedades de plásticos biodegradáveis para produtos reais. Embora as empresas já vendam polímeros biodegradáveis, os produtos são muitas vezes caros, de baixa qualidade ou desenvolvidos para aplicações específicas. É por isso que a equipe está investigando como excipientes de base biológica, tais como amido e fibras, podem ser incluídos para reduzir os custos de várias aplicações comerciais.
O grupo também está interessado em incorporar glicerol, um importante subproduto de processos de biodiesel, aos novos plásticos.
Alguns dos novos polímeros do grupo incorporam recursos renováveis, tais como ácido polilático, criado pela fermentação do amido. O grupo está muito interessado em recursos renováveis, uma vez que seus esforços de pesquisa e desenvolvimento também estão concentrados na criação de processos de biodiesel e etanol de milho eficientes e eficazes em termos de custo.
“Diferentes mecanismos químicos e biológicos são responsáveis pela degradação de polímeros”, diz Mahin Shahlari, um doutorando em engenharia química da Missouri S&T. “Por exemplo, sabe-se que o ácido polilático degrada em 45 a 60 dias se compostado a temperaturas entre 50 a 60 graus centígrados”.
À medida que o ácido polilático degrada, o material reage com a água e se decompõe em moléculas pequenas, as quais são, então, mineralizadas em água e dióxido de carbono.
“Em geral, os principais produtos da degradação do polímero são água e dióxido de carbono”, explica Shahlari. “O ácido polilático tem o potencial de substituir as garrafas de água normais, e antecipamos que nossa pesquisa possa também ser incorporada a esse campo.
Não estamos apenas moldando e perfilando resinas biodegradáveis à disposição no comércio. Também estamos incorporando nanotecnologia, tecnologia de fluídos supercríticos e compatibilização de enxertos copoliméricos, a maioria dos quais são desenvolvidos e patenteados por nosso grupo”.
11. Austrália – exemplos notáveis de recuperação de recursos
Agradecemos à WMAA, que chamou a atenção para o Sydney Environmental & Soil Laboratory (Laboratório do Meio-Ambiente e do Solo de Sidney), o qual reportou que é possível, e até desejável, ganhar dinheiro com o lixo de outras pessoas. Por razões puramente econômicas, é muitas vezes mais barato reutilizar o lixo do que comprar novos materiais.
Quando a Terceira Pista do Aeroporto de Sydney foi construída, seu paisagismo foi feito com solo obtido de areia dragada de Botany Bay e 55.000 toneladas de biosólidos compostados, o equivalente a cerca de 30% do sedimento de esgotos produzido em um ano em Sidney. O valor dos biosólidos encontra-se em seu elevado conteúdo de matéria orgânica, que retém a umidade do solo, e seu alto teor de nutrientes. De fa
Ano da Publicação: | 2008 |
Fonte: | WARMER BULLETIN ENEWS #18-2008-April 12, 2008 |
Autor: | Kit Strange/Warmer Bulletin |
Email do Autor: | bulletin@residua.com |