Os sacos plásticos biodegradáveis são a resposta para eliminar o desperdício?

Os sacos plásticos biodegradáveis são a resposta para eliminar o desperdício?



Aqui está uma reflexão interessante (19/11) da nutringredients.com



Os sacos plásticos biodegradáveis foram desenvolvidos no Canadá, mas evidências da Irlanda sugerem que os meios mais eficazes para diminuir a poluição causada pelos sacos plásticos é introduzir um imposto. Uma reportagem de Anthony Fletcher.



Um fabricante de sacos de polietileno desenvolveu sacos plásticos ambientalmente seguros, projetados com um tempo de vida controlado. A Omniplast em parceria com a EPI Produtos Ambientais, adquiriu os direitos de aplicar a tecnologia TDPA (Aditivos Plásticos Totalmente Degradáveis) no processo de manufatura de seus sacos de polietileno. Os sacos plásticos, quando descartados, se degradarão num espaço de tempo de alguns meses a cinco anos, à medida que o aditivo acelera a oxidação do plástico.



O processo de degradação, iniciado pela luz UV, calor ou tensão mecânica, ocorre a um grau elaborado de acordo com os requisitos do comprador, desintegrando-se depois de um período de meses ou anos. Quando o plástico começa a oxidar, este se torna quebradiço e suscetível aos agentes normais de degradação, como umidade e micróbios.



Sacos plásticos são a principal fonte de desperdício com embalagens



O problema é que eles são muito baratos para produzir, são firmes, e fáceis de transportar; de acordo com o Conselho Americano de Plásticos (American Plastics Council), eles captaram pelo menos 80 por cento do mercado varejista desde a sua introdução a um quarto de século atrás.



E, de acordo com a Omniplast, apenas para os lixões do Canadá, são enviados todos os anos quase quatro milhões de toneladas de produtos plásticos. Com o aumento na popularidade de embalagens descartáveis – especialmente na indústria alimentícia – este desperdício se acumulará, a menos que se tome alguma medida.



A Omniplast acredita que os sacos de polietileno biodegradáveis podem ajudar. Menos de 10 por cento dos sacos plásticos acabam na cadeia de reciclagem, ao passo que a maioria acaba sendo descartado nos lixões ou se acumulam nas ruas como lixo.



Mas o problema é que os sacos plásticos de polietileno são apenas uma gota no oceano, e talvez não enderecem a questão fundamental de desperdício. A cada ano, entre 500 bilhões e um trilhão de sacos plásticos são consumidos mundialmente, e desses, milhões acabam sendo jogados fora dos lixões.

De fato, isso se tornou um aborrecimento ambiental tão grande que países como a Irlanda, Taiwan e Austrália colocaram impostos pesados nas sacolas plásticas ou baniram seu uso de uma vez por todas. Várias outras regiões do mindo estão considerando medidas similares. O sucesso da Irlanda em lidar com o problema de desperdício de embalagens plásticas proporciona um forte argumento para os impostos pesados. Em março de 2002, o país colocou um imposto de 15 por cento nos sacos plásticos, resultando numa redução de 95 por cento no uso.



Em 2001, os consumidores usaram 1,2 bilhão de sacos plásticos. Mas os consumidores na Irlanda rapidamente se acostumaram a carregar uma sacola reutilizável, e os sacos plásticos que antigamente praguejavam o país, hoje são simplesmente uma monstruosidade ocasional. .



Bangladesh também baniu os sacos de polietileno em 2002, depois de descobrirem que eles estavam bloqueando os sistemas de drenagem e que foram os principais culpados durante as enchentes de 1988 e 1998 que submergiram dois terços do país. Taiwan e Cingapura também estão se movimentando para banir os sacos plásticos grátis e na África do Sul eles estão sendo chamados de “flor nacional”, isso porque muitos deles podem ser vistos se balançando nas cercas ou presos nos arbustos.



Há vozes divergentes. Fiona Moriarty, diretora do Consórcio Varejista Escocês (SRC), acredita que a experiência na República da Irlanda demonstrou que um imposto sobre o

Ano da Publicação: 4
Fonte: WARMER BULLETIN ENEWS #33-2004
Autor: Kit Strange - Editor, Warmer Bulletin
Email do Autor: kit@resourcesnotwaste.org

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