PVC – O PLÁSTICO VENENOSO

PVC, polivinil cloreto, é o segundo plástico mais comumente empregado no mundo e causador de grandes problemas para a saúde e o ambiente. É a maior fonte de dioxina quando incinerado nas usinas ou em incêndios acidentais em prédios. A dioxina também é gerada durante o processo de fabricação e aditivos químicos tóxicos são incorporados aos produtos de PVC.



Os maiores empregos do PVC são para fabricar materiais como: cabos elétricos, esquadrias de janelas, forros, paredes, divisórias, condutores para fios elétricos e tubulações para fornecimento de água e esgotamento, pavimentos de vinil, portas pantográficas, piscinas para crianças, papel de parede, venezianas e cortinas de banheiro (box). Também está presente em produtos de consumo como cartões de crédito, discos de vinil, brinquedos (bonecas, mordedores e outros), mobiliário de escritório, prospectos (folders), colas, juntas e canetas. Na indústria automobilística como material de suporte, em hospitais como utensílios médicos e cirúrgicos, como imitação de couro e mobília de jardins.



A produção de PVC envolve o transporte de materiais explosivos perigosos tais como o monovinil cloreto (um carcinogênico) e gerador de lixos tóxicos, notavelmente o alcatrão dicloreto de etileno. Os resíduos de piche (ou alcatrão) contém enormes quantidades de dioxinas que quando incinerado ou aterrado dispersa dioxina no ambiente. Numerosos aditivos são incorporados no produto de consumo, incluindo amaciadores para torná-lo flexível, metais pesados como estabilizadores das cores e fungicidas. Dioxinas são geradas durante a fabricação que acaba indo junto com o descarte como lixo e algumas vezes no próprio produto ele mesmo. Plastificantes não ficam confinados ao plástico e podem lixiviar depois de algum tempo. Os plastificantes presentes nos pavimentos de vinil evaporam ficando em suspensão nos ambientes dos prédios. O mais comum deles é o ftalato DEHP (di(2-ethylhexyl)phthalate), é um carcinogênico suspeito e mais de 90% são empregados somente para fazer produtos de PVC flexíveis, incluindo brinquedos infantis e mordedores. Desde 1999, a União Européia proibiu os ftalatos em brinquedos que são levados à boca das crianças abaixo de três anos de idade [5].



A disposição final de produtos de PVC cria mais problemas. Se queimados em fornos abertos ou incineradores, eles liberam um gás tóxico em conjunto com a dioxina. Se aterrados, liberam aditivos que contaminam as águas profundas e os fogos em aterros envolvendo PVC são fontes adicionais de dioxinas.



TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina), o membro mais letal da família das dioxinas, é um conhecido carcinogênico e disruptor hormonal e é reconhecido como o composto sintético mais tóxico jamais produzido. Todos os humanos e outros animais agora carregam uma carga de TCDD e outras dioxinas em seus corpos.



Vai a 3,2 milhões de toneladas de PVC o que é descartado como lixo nos EUA a cada ano, onde 70% consiste de embalagens e garrafas. O PVC é difícil de reciclar e contamina outros plásticos. Grupos ambientalistas mais atentos querem que ele seja gradualmente cancelado até a eliminação total.



TRECHO TIRADO DO ARTIGO "A REDENÇÃO DO MUNDO DE LIXO PLÁSTICO"

AUTOR: Dr. Mae-Wan Ho

Ano da Publicação: 2007
Fonte: http://www.nossofuturoroubado.com.br/12te%20lixo.htm
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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