Sacolas plásticas e sustentabilidade

É imperativo investir mais em coleta seletiva

por Francisco de Assis Esmeraldo





Impermeabilidade, praticidade, higiene e baixo custo fazem das sacolinhas plásticas a forma ideal de transportar compras. Segundo o Ibope, 71% dos entrevistados são amplamente favoráveis à embalagem. O mesmo levantamento constatou 100% de reutilização das sacolas plásticas no descarte dos resíduos domésticos, o que fez o brasileiro praticamente dispensar os sacos de lixo.



O saco plástico, portanto, é excelente. Todavia, todos devem atentar para os danos provocados pelo descarte incorreto e pelo desperdício dessa embalagem. Pensando nisso, os fabricantes nacionais, numa iniciativa inédita, lançaram o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas.



A Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, o Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) estabeleceram, por meio da auto-regulamentada Norma Técnica ABNT 14.937, um novo padrão de produção que tornará a embalagem mais resistente e dispensará o uso em duplicidade. Complementarmente, juntaram-se à Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e à Associação Paulista de Supermercados (Apas) para firmar, em dezembro passado, o termo de parceria entre indústria do plástico e supermercados, que vai instituir a nova sacolinha no varejo.



Com isso, espera-se uma redução de 30% na produção e distribuição da embalagem, uma preciosa contribuição da indústria e do varejo para a sustentabilidade, que pode ser sintetizada no tripé redução, reutilização e reciclagem. Com o reúso já universalizado no país, constata-se que o reaproveitamento da matéria-prima é atualmente o nosso maior desafio. Há possibilidade de se reaproveitar 100% do plástico que hoje vai parar no lixo, mas a ociosidade nas nossas recicladoras é da ordem de 40%! Investir na educação e em coleta seletiva torna-se imperativo.



A solução para o problema, portanto, requer o envolvimento de toda a sociedade. É essencial que a população descarte corretamente seus resíduos e que o poder público e seus parceiros criem os mecanismos necessários para fazer com que cheguem ao destino adequado, reduzindo o desperdício de uma matéria-prima cuja demanda é crescente no país e no mundo.



Francisco de Assis Esmeraldo é engenheiro químico, presidente da Plastivida e membro dos conselhos ambientais da Fiesp, Firjan e Fiergs.



fonte: www.olhao.com.br


Ano da Publicação: 2008
Fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=649
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

Check Also

Prazo para fim de lixões acaba, mas 1.593 cidades ainda usam modelo

Terminou na 6ª feira (2.ago.2024) o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico (lei …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *