O presente trabalho, fruto de uma ampla pesquisa bibliográfica, pretende estabelecer uma asociação entre os
impactos ambientais, ocasionados pela disposição dos resíduos sólidos, e os efeitos sobre a saúde da população
exposta. O objetivo é demonstrar o risco ao qual esta população está sujeita e o quanto é necessário adotar
práticas de gestão mais eficientes quanto à proteção à saúde pública e ambiental das municipalidades brasileiras.
O trabalho foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira, foram avaliados os impactos decorrentes da
disposição ambiental dos resíduos sólidos, associando-os ao tipo de resíduo disposto e a suas características
físicas, químicas e biológicas. Os impactos ambientais foram avaliados qualitativamente em uma matriz em
função do tipo de resíduo disposto e de suas características físicas, químicas e biológicas.
Em uma segunda etapa, foram identificadas as doenças passíveis de ocorrerem em conseqüência dos impactos e
efeitos provocados no meio ambiente e antrópico, pela disposição inadequada dos resíduos sólidos. Os efeitos
sobre a saúde foram avaliados de forma indireta, através da identificação das possíveis doenças capazes de
ocorrerem pelas alterações dos fatores ambientais e antrópicos avaliados anteriormente. Foram consideradas
todas as doenças passíveis de ocorrerem via resíduos sólidos, como conseqüência das alterações ambientais
avaliadas e da introdução ou presença no meio ambiente do bioagente, do agente químico ou do vetor mecânico
ou biológico identificados, por algum dos estudos consultados, nos resíduos sólidos, no chorume ou em
células de aterro sanitário.
A realização deste estudo mostrou o quanto a relação Resíduos Sólidos versus Doença é complexa e o alto
risco ao qual a população está sujeita devido à disposição inadequada dos resíduos sólidos